Mata Atlântica terá 320 pontos estudados
no próximo ano
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A partir de janeiro, a Mata Atlântica fluminense vai passar por
um
raio X . Durante todo o ano, cinco equipes formadas por
cinco
especialistas da Secretaria Estadual do Ambiente farão o
inventário da
biodiversidade de 320 pontos da floresta em todo o Estado.
Segundo a
superintendente de Biodiversidade e Florestas da secretaria,
Alba Simon,
o objetivo é determinar a situação real da Mata Atlântica para
que
possam ser implantadas políticas públicas mais efetivas de
conservação
da floresta.
'Vamos fazer a coleta do solo, da vegetação, a contagem de
carbono
no local e perguntar às comunidades próximas a esses pontos
qual o uso
pessoal e econômico que elas fazem dos recursos naturais da
floresta, se
usam a madeira para combustível, se usam ervas para a saúde.
A
conclusão do inventário nos dirá em que situação se encontra a
Mata
Atlântica', disse Alba, ao explicar a pesquisa, que terá apoio
de
especialistas da Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro.
O material coletado do solo será enviado à Empresa Brasileira
de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para análise e o da vegetação,
para o
Jardim Botânico. De acordo com Alba, os estudos mais atuais
indicam que a
Mata Atlântica tem hoje entre 21% e 27% de cobertura
florestal. No
entanto, são estudos feitos com base em imagens de satélite, o
que
dificulta estabelecer com precisão o estado da floresta.
'Nunca pisamos no solo para ver o que são esses 27%, se são um
bando
de jaqueiras, por exemplo. Queremos crer que não, pois são
fragmentos
florestais, mesmo assim, precisamos saber o que estamos
preservando nas
unidades de conservação', disse ela.
A pesquisa dará prioridade às áreas de unidades de conservação
e
lugares onde estão programados licenciamentos para
empreendimentos de
grande porte. A superintendente de Biodiversidade e Florestas
da
Secretaria de Ambiente lembrou que existem no estado do
Rio
empreendimentos com grande impacto ambiental previsto para os
próximos
anos e disse que, com o estudo, será possível haver mais rigor
no
licenciamento.
'Na Bacia de São João, por exemplo, há vários projetos de
grande
impacto e, por isso, vamos correr e conhecer primeiro, antes
de
licenciar. Se o inventário tivesse sido feito antes do Comperj
[Complexo
Petroquímico da Petrobras], não haveria toda essa gritaria
agora',
disse ela, ressaltando os impactos socioeconômicos e
ambientais em
Itaboraí com a implantação do Comperj, contestada por
ambientalistas e
moradores da região.
'Este é o marco zero de uma política séria para a conservação
da
biodiversidade no estado do Rio de Janeiro', completou Alba
Simon.
O estudo do Rio será o segundo inventário feito no país o
primeiro
foi em Santa Catarina. A ideia é que os 15 estados que compõem
a Mata
Atlântica mapeiem suas florestas para criar um inventário
nacional,
coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente. O projeto custará
cerca de
R$ 5 milhões, com recursos do Fundo Estadual de Conservação
Ambiental e
Desenvolvimento Urbano e do Fundo da Mata Atlântica. A meta
do
ministério é realizar o inventário a cada cinco anos.
A pesquisadora disse que espera com o inventário revelar um
retrato
fiel e cruel da Mata Atlântica, com base nos resultados de
Santa
Catarina. 'A mata está muito rala, fragmentada, sem
continuidade. O
resultado foi muito ruim com relação à quantidade,
qualidade,
biodiversidade. Encontram mais espécies em extinção do que
previam',
destacou.
Se os resultados do inventário do Rio forem similares aos de
Santa
Catarina, Alba defende que se tripliquem os investimentos
em
conservação, restauração e reflorestamento. 'A biodiversidade
é a
espinha dorsal dos outros serviços. Sem serviço ambiental não
temos nada
mais'.
No dia 27 de maio de 2012, data comemorativa da Mata
Atlântica, será divulgada uma prévia do censo da floresta.
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